NOTÍCIAS


Estudo norte-americano sugere que cafeína fortalece o auto-controle




Café ajudaria a resistir aos apelos antiéticos no local de trabalho

Estudo norte-americano sugere que cafeína fortalece o auto-controle em funcionários que trabalham cada vez mais e descansam cada vez menos.

Uma xícara bem servida de café pode não ser apenas uma eficaz ajuda no combate ao sono durante horas intermináveis no expediente. Ela pode dar uma mãozinha extra para resistir à influência antiética no ambiente de trabalho.

É o que diz um estudo realizado por professores da Universidade de Washington, do Arizona e da Universidade da Carolina do Norte. Isso porque, segundo os autores da pesquisa publicada no Journal of Applied Psychology, a privação de sono pode ser a alavanca necessária para comportamentos antiéticos ou, pelo menos, questionáveis no trabalho.

E aí entra a cafeína. Segundo a pesquisa, uma xícara generosa de café fortalece o autocontrole e recobra o discernimento entre o que é certo e errado, ajudando o funcionário a evitar cair em tentações sugeridas por superiores ou apelos nada corretos.

– Quando seu corpo está com poucas horas de sono, é muito mais fácil simplesmente aderir a sugestões antiéticas da chefia porque a resistência exige esforço e você já está desgastado – diz David Welsh, professor de comportamento organizacional na Universidade de Washington.

O estudo indica que manter um código de conduta rígido por parte das empresas pode não ser o suficiente em ambientes de trabalho dominados por pessoas que trabalham cada vez mais e descansam cada vez menos, e que acabam por dormir um número de horas menor do que o recomendado pelos médicos.

Por fim, além de sugerir a instalação de mais máquinas de café no interior das empresas, o estudo recomenda ainda salas de descanso, promoção de intervalos e desestímulos a horas extras.

– As culturas podem reforçar o mito de que trabalhar duro e trabalhar bem envolve não dormir ou dormir pouco, mas nossa pesquisa mostra mais uma vez que a privação do sono não é bom para o indivíduo, muito menos para a organização – conclui Christian.
Fonte: Revista Cafeicultura